Sinta-se em casa!

Fale conosco através do email suelenajara@hotmail.com ou matrizaparecida@hotmail.com
Escreva para a Suelen, da PASCOM, ou para o frei.
Você pode dar opiniões sobre o blog e sobre temas que gostaria de saber. Sinta-se em casa!

terça-feira, 19 de abril de 2011

AUTO DA PAIXÃO DE CRISTO EM OLIMPIA – IV EDIÇÃO – DIA 22 DE ABRIL DE 2011, AS 20H00 NO RECINTO DO FOLCLORE


“Pois Deus amou tanto o mundo que Deu Seu Filho Único, para que todo o que crer Nele não morra, mas tenha vida eterna.” (Jo 3,16)





A Associação Cultural Anástasis, que é vinculada com a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, e apoiada pelas Paróquias de Olímpia, realiza desde o ano de 2008, no Recinto do Folclore, o Auto da Paixão de Cristo na Cidade.


Que tem contado a cada ano com um número crescente de fiéis e gostaria de contar com a sua presença no próximo dia 22 de Abril às 20 horas na Praça de Atividades Folclóricas Prof° José Sant’Anna, conhecido como Recinto do Folclore, para que a cada edição possamos estar levando o Cristo amoroso que morreu para nos salvar e que ressuscitou para conosco ficar.


Para melhor conhecerem como foi elaborado e nosso objetivo com tal auto, segue nas próximas linhas o nosso Projeto de Mídia:






Descrição





O espetáculo consta da encenação de uma das histórias mais difundidas e conhecidas; a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.





O texto tem fundamentação nos evangelhos encontrados na bíblia e nas tradições orais passadas de geração em geração. Consta de uma hermenêutica própria e é adaptado a uma linguagem mais próxima do expectador.
A encenação, gratuita e aberta a todos os públicos, tem classificação livre e acontece anualmente na arena da praça de atividades folclóricas professor José Sant’Anna – Recinto do Folclore – na cidade de Olímpia, datada no feriado da Sexta Feira da Paixão.





No Local o expectador encontra infra-estrutura básica, com praça de alimentação e sanitários, alem de estacionamentos abertos.
Anualmente o publico tem crescido e em média 8 mil pessoas, oriundas de Olímpia e Região, encontram-se presentes para o espetáculo que é considerado um dos maiores espetáculos teatrais da região, não só em numerário de publico como também de atores, já que contamos com aproximadamente 150 atores.
Tal espetáculo é produzido pela Associação Cultural Anástasis – Artes Cênicas e Solidariedade, uma associação sem fins lucrativos que conta com o patrocínio e o apoio das empresas olimpienses para produzir tal espetáculo que engrandece a cultura de nossa cidade, fazendo com que Olímpia destaque-se na região.


Breve Histórico

A encenação do Auto da Paixão de Cristo acontece há 10 anos.





Inicialmente surgiu como uma apresentação teatral de rua. Era inicialmente planejado um trajeto pelas ruas de nossa cidade, em pontos específicos montados pequenos palcos e na semana em que se comemora a Páscoa, era encenado nestes pontos o teatro.
O publico aumentava a cada ano e como as ruas já não comportavam a quantidade de pessoas dando-lhes campo de visão da encenação, optou-se por fazê-lo na arena do recinto do folclore que comporta cerca de 8 mil pessoas.





Assim desde 2008 acontece a peça teatral na arena deste recinto. Em 2011, portanto, ocorre a quarta edição do auto da Paixão de Cristo em Olímpia, com aspecto de teatro de Arena.

Publico Estimado e Perfil do Público

O publico estimado, em média, é de 8 mil pessoas e tende a aumentar a cada ano, com base em edições anteriores, há abrangência de todas as idades com maior concentração do publico adulto, oriundo do município e região.



Tempo de Duração da peça teatral

Em média a encenação deste Auto apresenta 90 minutos.

Objetivo

Valorizar e fomentar o nível cultural, principalmente por parte da população, levando até o expectador cultura gratuita e de qualidade, alem da transmissão de valores morais e cívicos. Enaltecer o nome e a cultura de nossa cidade, fazendo-a destacar-se entre as demais cidades da região.

Financiamento

Para a Realização deste espetáculo contamos com donativos e patrocínios das empresas de nossa cidade e da população que compreendem a importância da cultura na vida de um povo e a influencia que a mesma exerce dentro, inclusive, dos meios comerciais.
Através da colaboração destas empresas conseguimos suprir quase todo o gasto gerado para a realização do evento, outro recurso utilizado é a praça de alimentação montada durante o mesmo para a complementação da renda.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A doença chamada homem

Leonardo Boff Teólogo/Filósofo





Esta frase é de F. Nietzsche e quer dizer: o ser humano é um ser paradoxal, são e doente: nele vivem o santo e o assassino. Bioantropólogos, cosmólogos e outros afirmam: o ser humano é, ao mesmo tempo, sapiente e demente, anjo e demônio, dia-bólico e sim-bólico.

Freud dirá que nele vigoram dois instintos básicos: um de vida que ama e enriquece a vida e outro de morte que busca a destruição e deseja matar.

Importa enfatizar: nele coexistem simultaneamente as duas forças.

Por isso, nossa existência não é simples mas complexa e dramática.

Ora predomina a vontade de viver e então tudo irradia e cresce.

Noutro momento, ganha a partida a vontade de matar e então irrompem violências e crimes como aquele que ocorreu recentemente.

Podemos superar esta dilaceração no humano? Foi a pergunta que A. Einstein colocou numa carta de 30 de julho de 1932 a S. Freud:”Existe a possibilidade de dirigir a evolução psíquica a ponto de tornar os seres humanos mais capazes de resistir à psicose do ódio e da destruição”? Freud respondeu realisticamente:”Não existe a esperança de suprimir de modo direto a agressividade humana. O que podemos é percorrer vias indiretas, reforçando o princípio de vida (Eros) contra o princípio de morte(Thanatos). E termina com uma frase resignada:”esfaimados pensamos no moinho que tão lentamente mói que poderemos morrer de fome antes de receber a farinha”. Será este o nosso destino? Por que escrevo isso tudo? É em razão do tresloucado que no dia 5 abril numa escola de um bairro do Rio de Janeiro matou à bala 12 inocentes estudantes entre 13-15 anos e deixou 12 feridos.

Já se fizeram um sem número de análises, foram sugeridas inúmeras medidas como a da restrição da venda de armas, de montar esquemas de segurança policial em cada escola e outras. Tudo isso tem seu sentido. Mas não se vai ao fundo da questão.

A dimensão assassina, sejamos concretos e humildes, habita em cada um de nós. Temos instintos de agredir e de matar. É da condição humana, pouco importam as interpretações que lhe dermos. A sublimação e a negação desta anti-realidade não nos ajuda. Importa assumi-la e buscar formas de mantê-la sob controle e impedir que inunde a consciência, recalque o instinto de vida e assuma as rédeas da situação.

Freud bem sugeria: tudo o que faz criar laços emotivos entre os seres humanos, tudo o que civiliza, toda a educação, toda arte e toda competição pelo melhor, trabalha contra a agressão e a morte. O crime perpretado na escola é horripilante. Nós cristãos conhecemos a matança dos inocentes ordenada por Herodes. De medo que Jesus, recém-nascido, mais tarde iria lhe arrebatar o poder, mandou matar todas as crianças nas redondezas de Belém.

E os textos sagrados trazem expressões das mais comovedoras:”Em Ramá se ouviu uma voz, muito choro e gemido: é Raquel que chora os filhos e não quer ser consolada porque os perdeu”(Mt 2,18). Algo parecido ocorreu com os familiares das vítimas. Esse fato criminoso não está isolado de nossa sociedade. Esta não tem violência. Pior. Está montada sobre estruturas permanentes de violênca. Aqui mais valem os privilégios que os direitos. Marcio Pochmann em seu Atlas Social do Brasil nos traz dados estarrecedores: 1% da população (cerca de 5 mil famílias) controlam 48% do PIB e 1% dos grandes proprietários detém 46% de todas as terras. Pode-se construir uma sociedade de paz sobre semelhante violência social? Estes são aqueles que abominam falar de reforma agrária e de modificações no Código Florestal. Mais valem seus privilégios que os direitos da vida.

O fato é que em pessoas pertubadas psicologicamente, a dimensão de morte, por mil razões subjacentes, pode aflorar e dominar a personalidade. Não perde a razão. Usa-a a serviço de uma emoção distorcida. O fato mais trágico, estudado minuciosamente por Erich Fromm (Anatomia da destrutividade humana, 1975) foi o de Adolf Hittler. Desde jovem foi tomado pelo instinto de morte. No final da guerra, ao constatar a derrota, pede ao povo que destrua tudo, envene as águas, queime os solos, liquide os animais, derrube os monumentos, se mate como raça e destrua o mundo. Efetivamente ele se matou e todo os seus seguidores próximos. Era o império do princípio de morte.


Cabe a Deus julgar a subjetividade do assassino da escola de estudantes.



A nós cabe condenar o que é objetivo, o crime de gravíssima perversidade e saber localizá-lo no âmbito da condição humana. E usar todas as estratégias positivas para enfrentar o Trabalho do Negativo e compeender os mecanismos que nos podem subjugar. Não conheço outra estratégia melhor que buscar uma sociedade justa, na qual o direito, o respeito, a cooperação e a educacção e saúde para todos sejam garantidos. E o método nos foi apontado por Francisco de Assis em sua famosa oração: levar amor onde reinar o ódio, o perdão onde houver ofensa, a esperança onde grassar o desespero e a luz onde dominar as trevas.



A vida cura a vida e o amor supera em nós o ódio que mata.